O QUE FAZER NAS FÉRIAS ESCOLARES ?


Muitos dos nossos alunos passam as férias ou em casa (ajudando os pais nas tarefas domésticas ou simplesmente ficam em casa entregues aos computadores, telemóveis…) o que acaba por ser a mesma rotina que adquiriram no resto do ano. Outros há, que têm oportunidades de sair com amigos, ir à praia mais próxima ou fazer passeios com a família. Os livros ficam nas prateleiras até chegar o ano lectivo seguinte. Quando têm oportunidade de aproveitar o tempo noutras actividades mais enriquecedoras. Deixo umas dicas onde se pode levar um livro para ler na praia, numa sombra lá de casa, num sofá, e assim ficar actualizado. O importante nas férias escolares é organizar o tempo, ele é sempre precioso e nas férias, então… parece voar! Faz o que realmente gostas e não o que a sociedade impõe como sonho de férias. Não precisa sair de casa, se é no seu lar que se sentes mais feliz. A criatividade é mais importante que a conta bancária, exercita-a! Férias acontecem uma vez por ano.
Planeja o futuro. Lembra-te de que nas férias, és tu o chefe.
Ver os filmes mais recentes numa grande sala de cinema! Acampar parece ser uma boa opção. Uma boa solução para ter uns dias diferentes é acampar num local distante de casa. Convém ter atenção ao local para onde vão, tentem ir para um onde haja um local para tomar uma banhoca e uma biblioteca de praia.
Ler: sim, não me estou só a referir a revistas mas sim a livros é bastante relaxante. Para além disso pode-se ler os livros que o próximo ano escolar é “obrigatório” ler, para estar actualizado e poder assim ouvir a música preferida…O importante é ocupar o tempo de forma diferente nunca descorando a leitura que permite viajar, conhecer novos povos, civilizações e culturas.

Ler nas férias...

Lendo, conhecemos histórias, personagens e personalidades. Entramos nas suas vidas e no significado de valores que defendem e divulgam. Com a leitura, crescemos, aprendemos e formamo-nos.
A leitura é um prazer e, simultaneamente, uma necessidade tão natural como a música. Ler é sonhar, com os sentidos bem despertos. Ler é viajar, em qualquer época e sem necessidade de passaporte. Ler é conhecer mundos, povos e culturas. Ler é viver emoções. Tudo isto num livro, que não precisa de ligação eléctrica ou bateria, nem de ser reiniciado, nem exige carregamento. Basta abri-lo, quando e sempre que se pretenda, para que se possa beneficiar das suas enormes vantagens.
Apresenta-se aqui um pequeno conjunto de obras, algumas delas dirigidas a um público mais jovem, a descobrir ainda os trilhos do seu percurso. E quando as férias começam o tempo começa a ser um bom argumento para ler tranquilamente em casa, na praia, na piscina…
“O Apelo da Selva”, de Jack London, uma história de encantar que, sendo por vezes brutal e salpicada de sangue, traz uma nota de grande ternura no relacionamento de lealdade e de fidelidade, entre homem e animal, no respeito pelos direitos e na aprendizagem da natureza.
“Mulherzinhas”, de Louisa May Alcoot, que sendo um romance sobre as quatro irmãs March, retrata o difícil período da passagem da meninice para a puberdade e o modo como, individualmente, com as diferenças de personalidade, com a ilusão e a alegria, mas também com esforço, com solidariedade e com determinação, se constrói o destino.
“Jane Eyre”, de Charlotte Bronté, um outro clássico juvenil a mostrar que, mesmo num cenário de uma Inglaterra de classes sociais rigidamente estabelecidas, o amor e a coragem, podem vencer a intolerância e preconceito.
“Dois Anos de Férias”, de Júlio Verne, uma aventura de um grupo de amigos que, forçados por um naufrágio a sobreviver numa ilha deserta, se revelam nas suas características mais profundas, nas virtudes e nos defeitos, nas aptidões e nos valores em que se formam.
Se não encontrares estes entre os teus amigos, procura nas bibliotecas da tua zona de residência…

Morreu a escritora Matilde Rosa Araújo

Matilde Rosa Araújo, escritora portuguesa especializada em literatura infantil, faleceu no dia 6 de Julho, aos 89 anos, vítima de doença prolongada.

Natural de Lisboa, Matilde Rosa Araújo foi professora do ensino técnico-profissional e formadora de professores da Escola do Magistério Primário de Lisboa. Em 1980, recebeu o Grande Prémio de Literatura para Crianças, da Fundação Calouste Gulbenkian, e o prémio para o melhor livro infantil, pela mesma fundação, em 1996, pelo trabalho "Fadas Verdes".

Recebeu ainda o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, em 2004, foi distinguida com o Prémio Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores.