Dia da memória das vitimas do Holocausto






Homenagem às vitimas de Auschwitz


Dos arquivos faz parte o testemnunho de um prisioneiro polaco, Anton Honkish, que trabalhou na construção de Auschwitz. Honkish afirmou que no campo foram extreminados pelo menos seis, milhões de pessoas, incluíndo crianças, mulheres e idosas. Aconselha-se a leitura de dois livros: O rapaz do pijama às riscas de John Boyne e o Diário de Anne Frank que se encontra na nossa BE.

Dia Escolar da Não-Violência e da Paz



Sabias que no dia 30 de Janeiro se celebra o Dia Escolar da Não-Violência e da Paz?

Pois, é verdade! Por uma iniciativa de um poeta pedagogo e pacifista espanhol chamado Llorenç Vidal, desde 1964, que este dia foi escolhido para chamar a atenção de políticos, governantes, pais, educadores e professores que é necessária uma educação permanente pela Não-Violência e pela Paz; que é importante para educar para a solidariedade e para o respeito pelos outros.

A data de comemoração, 30 de Janeiro, não foi escolhida ao acaso. É o dia da morte de um dos maiores defensores da paz, da não-violência, da justiça e da tolerância entre os povos: Mahatma Gandhi.

Biografia de Gandhi:
Gandhi nasceu em 1869, na Índia ocidental. Advogado, mais conhecido como "Mahatma" (Grande alma), Gandhi lutou e incentivou a luta contra as leis injustas que se abatiam sobre os povos.
Resolveu, então, ajudar os 70 mil indianos que viviam na África do Sul em condições miseráveis, subjugados pelos ingleses. Acreditando no amor e na recíproca compreensão, Gandhi foi seguido por multidões, liderando uma luta silenciosa, sem descanso e sem desânimo. Apelou constantemente ao sentido de Justiça e de Honra, sempre contra a revolução violenta. Desta forma, Gandhi implementou sempre a “não-violência”, a que chamou
satyagraha, uma palavra indiana que significa “força da verdade e do amor”.
Várias vezes foi ameaçado, maltratado e preso pelos ingleses, e, mesmo assim, durante a guerra entre os ingleses e os boers, Gandhi organizou um corpo de mil indianos voluntários que foi pelas trincheiras recolher e curar os ingleses feridos.
Gandhi tornou-se muito popular e os indianos foram por ele sempre exortados a que se opusessem à mais cruel violência com um pacifismo e com uma moderação impensável. Com toda esta pressão sobre a África do Sul, em 1914, as leis injustas foram abolidas e foi reconhecida aos indianos a igualdade de direitos em relação aos outros cidadãos. Esta foi a grande primeira vitória de Gandhi.
Regressado à Índia, Gandhi depara também com grandes dificuldades no que diz respeito à libertação do seu país. Com uma mala de tela, um lençol branco a envolvê-lo, duas grossas sandálias e um bastão, Gandhi prega às multidões pela liberdade: É preciso habituarmo-nos e esforçarmo-nos constantemente por pagar o mal com o bem.
Vivendo em oração e pobreza, Gandhi chegou mesmo a fazer greve de fome até se obter igualdade total para todos os membros da população indiana. Para tentar salvar Gandhi, as diferentes castas libertaram-se de tradições e uniram-se. A mística força de Gandhi venceu
novamente. E venceu mais tarde quando foi dada a independência à Índia, em 1947.
Gandhi foi assassinado por um hindu enfurecido em 1948, numa reunião de oração. Considerado o pai da Índia, este homem de boa vontade lutou, sem ódio, pela independência da sua pátria e pela paz do mundo. A sua missão de paz, de liberdade e de amor foi realizada.

Ficam nos nossos corações alguns dos seus ensinamentos:

Peço-vos, purificai o coração...
Esquecei aquilo que os outros fazem...
Peço-vos...
Olhai para o vosso coração...

LIVRO DO MÊS: "A Nova Aldeia de Tlaco"

No próximo dia 25 de Janeiro, entre as 15 h 25 m e as 16 h e 55 m, vai realizar-se na Sala dos Alunos uma Palestra sobre “A nova aldeia de Tlaco”, proferida pelo Professor Doutor Carlos Alberto Brochado de Almeida, destinada aos alunos do 7ºano.

Conto do mês

FEVEREIRO

Eu, da cabeça aos pés!

Tobias e Serafina frequentam a mesma turma do quarto ano.
Quando Tobias vê Serafina dobrar a esquina a toda a velocidade em cima do seu skate, sente imediatamente qualquer coisa no estômago. É uma sensação agradável mas, ao mesmo tempo, esquisita. Quando Serafina passa por ele, Tobias puxa-lhe os cabelos e chama-lhe estúpida e Maria-rapaz. Às vezes, Tobias imagina que vai casar com Serafina quando for grande. Claro que só conta isto ao velho urso Roberto, e à noite, quando está sozinho.
Serafina acha Tobias simpático quando sorri e assobia pelo espaço que tem entre os dentes. Uma ocasião em que ninguém estava a ver, ele ofereceu-lhe meia tablete de chocolate. Mas, quando é mau, enerva-a e ela então grita-lhe:
— Vai mas é fazer uma dentadura nova, seu esburacado! — e foge no skate.
Ou então, quando no recreio vai de braço dado com a Estela, dão um encontrão ao Tobias e deitam-lhe a língua de fora.
— Nunca hei-de apaixonar-me! — Diz Tobias aos amigos. — As raparigas são tão parvas!
— É mesmo! — Concordam os outros. Só Estêvão é que os contradiria, mas a ele ninguém pergunta nada.
Serafina gosta de Tobias, mas ele irrita-a. Tobias gosta de Serafina mas puxa-lhe os cabelos e chama-lhe nomes.
— Claro! — Diz a mãe de Serafina. — Quem desdenha quer comprar! Quando os rapazes e as raparigas discutem, é porque gostam um do outro. Claro como água!
Será verdade?
Quando o Maurício encontra a Estela, muitas vezes dá-lhe uma canelada ou um beliscão no braço. O Maurício não suporta a Estela. Acha a Estela simplesmente parva. E a Estela também acha que o Estêvão é um parvo. E que parvo! Ela nem lhe dirige a palavra. Nunca! Nem sequer no passeio da escola, onde os dois, por engano, tiveram de ir sentados um ao lado do outro no autocarro.
— O Estêvão está apaixonado! — Gritam, de vez em quando, os outros rapazes.
Mas o Estêvão não está apaixonado, a sério que não menos, não pela Estela.

Pelo Dagnar GeislerDas bin ich von Kopf bis FußBindlach, Loewe Verlag, 2005· (excertos traduzidos e adaptados)

Poema do mês

FEVEREIRO











Vem sentar-te comigo Lídia

Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.
Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos
Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.
(Enlacemos as mãos.)

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida
Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,
Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,
Mais longe que os deuses.

Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.
Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.
Mais vale saber passar silenciosamente
E sem desassossegos grandes.

Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,
Nem invejas que dão movimento demais aos olhos,
Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria,
E sempre iria ter ao mar.

Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos,
Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias,
Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro
Ouvindo correr o rio e vendo-o.

Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as
No colo, e que o seu perfume suavize o momento -
Este momento em que sossegadamente não cremos em nada,
Pagãos inocentes da decadência.

Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois
sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,
Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos
Nem fomos mais do que crianças.

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,
Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.
Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira-rio,
Pagã triste e com flores no regaço.

Ricardo Reis



JANEIRO












Ano Novo

Vai-se esgotando a taça do festim.
Sorvo a sorvo, no espelho do cristal
Fica apenas a bala natural,
O melaço do fim.

Ah, não haver coragem verdadeira
De que se quebrar o copo antes da hora
Em que se acaba o vinho, e a
bebedeira
De repente melhora!

Miguel Torga
Diário IV, 1949

José Rodrigues dos Santos

José Rodrigues dos Santos foi vencedor da edição de 2009 do prémio do Clube Literário do Porto de 2009, no valor de 25.000 €, visa galardoar o autor que mais criatividade teve no domínio da ficção no ano em que é atribuído. A cerimónia pública ocorreu, no passado dia 29 de Dezembro, nas instalações do Clube literário do Porto.
Refira-se que o autor da Editora Gradiva, atingiu em meados de Dezembro um milhão de livros vendidos em Portugal com a nova edição do seu mais recente romance a Fúria Divina. As obras de José Rodrigues dos Santos estão publicadas em 15 línguas. A nossa BE tem na sua colecção dois títulos: "A filha do capitão" e "A vida num sopro".
Para saber mais consulte: http://www.clubeliteráriodoporto.co.pt/

Árvores de Natal - EB1 Salgueiros - Sousa